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Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade

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Os futuros heróis da atual crise

Os futuros heróis da atual crise

Publicado em: 30/04/2020

Autor: Paulo Matos – Diretor FEAAC/UFC

É importante externar a nossa eterna e sincera gratidão a todos os envolvidos direta e indiretamente no atendimento médico aos afetados pela atual pandemia. Verdadeiros heróis, em vários sentidos. Porém, em breve, a sociedade infelizmente irá recorrer não somente a estes, mas a outros heróis sem jaleco. Pessoas que não podem passar despercebidas, e a quem desde já devemos agradecer. Primeiramente, as pessoas que lidam com assistência social. Isto inclui, por exemplo, obras e projetos de apoio aos mais carentes, uma vez que a evidência sugere haver aumento da desigualdade social. O índice de Gini no Ceará cresceu na última grande crise mundial, passando de 0,539 (2008) para 0,556 (2010). Uma função essencial será exercida pelos psicólogos que irão reconstruir o equilíbrio mental de muitos de nós, em face dos problemas mentais advindos do medo associado a uma nova enfermidade grave, como fruto do isolamento, iniciado aqui no Ceará em 19 de março de 2020. Segundo, e não menos importante, todos que compõem o Sistema Judiciário do país. Mais precisamente aqueles que lidam com a justiça do trabalho, pois na última crise mundial, o desemprego no Ceará subiu quase 1% em um ano, atingindo 7,91% em 2009. Importante lembrar dos que se dedicam aos processos de recuperação judicial e falências de empresas, pois, com base na crise do subprime, a inadimplência agregada em todas as modalidades de crédito para pessoa jurídica no Ceará passou de 1,88% (2008) para 2,24% (2010), havendo aumento relevante também da quantidade de falências no país. Por fim, indispensável lembrar dos acadêmicos deste país, lotados em órgãos de pesquisa e universidades em geral. A estes heróis nem tão reconhecidos, caberá pensar e planejar hoje o futuro de uma sociedade mais tecnológica e humana. Mais precisamente para os pensadores na área de economia e finanças, será preciso ajudar as famílias em suas decisões de consumo, poupança, crédito, investimento, inadimplência e emprego. É preciso estar na linha de frente apoiando as empresas, com ênfase nas de pequeno porte, em termos de gestão contábil-financeiro, tendo em vista o caixa no curto prazo e a inovação no médio prazo. Será ainda indispensável dar suporte aos governos, em especial, pequenas prefeituras, pois possuem menor capital humano e acesso mais restrito ao mercado de crédito.

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